Mostrando postagens com marcador AMOR. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador AMOR. Mostrar todas as postagens

... finalmente você dormiu.


Em meus sonhos ouço sua voz
A me chamar por outro nome
A me pedir que te socorresse. 

Assim suas mãos me agarraram
Sem que eu pudesse te esquecer 
Vejo o seu medo, você paralisada
Como se visse uma queda a frente. 

Te abraço como se estivesse gelada
Te protegendo da chuva
Que impede que você chores.

Em meio a ventos bravios
Sinto seu corpo esquentar
E se esconder em meu peito.

Deitado com você, nem sonho mais.

As asas que nos trouxe ate aqui
São as mesmas que nos protege do frio. 

Ouço nosso coração compassado, 
finalmente você dormiu.


- ESPERO PELO TÍTULO!




Cheguei à seguinte conclusão sobre tudo o que me ocorreu enquanto eu viajo olhando para aquelas fotos da nossa sessão: eu não me permitirei aceitar paixões momentâneas cheias de momentos passageiros como forma de sublimar o prazer à vida. 

Sabes por quê? Porque eu quero tudo desde o início. Desejo tudo de novo com você. Quero seus olhos de predador quando me olhavam com curiosidade e me despia com um único gesto. Quero sua boca a sugar minha boca. Desejo seus discursos gestuais na minha pele e suas tramas urdidas para futuros atentados. Quero fazer parte dos seus novos projetos. Quero de novo mais e mais surpresas inesperadas.  Quero tudo de novo! Eu quero! Não quero mais te procurar na agenda, te quero aqui: a silenciar as minhas tempestades e a atiçar meus incêndios. Quero que me obrigues a escalar esses preconceitos e a explorar as cavernas dogmáticas que eu mesma fui obrigada a construir.

Adoro você. Adoro com todos os corações possíveis. Adoro ser blindada pelo seu abraço. Adoro esse castelo que nos cerca, esse paraíso inumano que nos deixa nus de tempo e obrigações. Aliás, adoro jantar nua, só de scarpin preto, como se o epicentro do teu mundo fosse aos meus pés. Adoro, adoro, adoro! Adoro ser idolatrada e ser seu ícone de adoração. Adoro ser seu modelo e sua inspiração. Adoro ser sua criação e sua deusa. Adoro "você é meu oxigênio" sem ser sufocada por isto e sem "ser um mar". Adoro essa ilha que me contorna. Amo ser adorada por ti.

Por isto deixei de considerar as criticas. Ouvi-las é o mesmo que insultar-me. Não me importa que você seja Vulcano. Marte já morreu na ultima festa. Estou invariavelmente bela e determinada. Poucos ainda me reconhecem no que me tornei. Vejo o que não imaginava e sinto o que não sabia existir. 

E você abnegado e resignado, não pedindo nada, me extasia. Não quero ser reparada por esses doces danos implacáveis. Não mais irei permitir que você parta.

CASAMENTO, receituário.

Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche.

Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou  insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.

Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos.

Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas.

Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo.

Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois.

Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda.

Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.

Autor: Seilah Kemphoi.

HÁ QUEM ACREDITE QUE ISTO É AMOR!


Quem insiste não seria 
teimosia, 
egoismo 
ou outra coisa que
mostre o quanto 
a pessoa pensa somente nela?


- TODO ROMANTICO É UM ENGANADO!


Eu acredito no REFLEXO que faço da outra pessoa. 
Não importa se é verdadeiro, real ou concreto. 
O que importa é o meu gostar por aquela pessoa mesmo que não venha a ser retribuído.
Louco, talvez!
Sei que o meu sistema é ofensivo para alguns, mas para as pessoas geram PONTOS DE SATISFAÇÃO
Menos, Mais, Muitos, Poucos. 
São esses pontos que regem os relacionamentos.
São esses pontos que as tornam belas.
São esses pontos que nos impulsionam para os encontros.
Quando os pontos máximos nos abrem os olhos o sentimento flui como se houvesse uma simbiose atávica ligando-nos. 
Impossível mensurar a coincidência quando conversamos, olhamos ou tocamos.
Há um frenesi, choque e arrepio.
É fantástico perceber como o tempo não escoa, não passa, permanece infantilmente, para frente e para trás.
Minutos são horas! Nem adianta olhar o relógio, ele está do mesmo jeito: PARADO.
É o estar presente sem depois. 
Não dá para justificar sem você vivenciar. 
Às vezes chego às raias do platônico virtual e outras vezes ao cúmulo da amizade fraternal mas, em ambos casos é a satisfação de querer estar junto é que inunda e afoga a existência.
É quase óbvio que a outra pessoa não vai entender essa "necessidade latente e pulsante" e vai sair correndo como um pássaro às vistas de um gato. 
É como uma porta entreaberta, um furo na privacidade, quase um roubo... De liberdade.
Qualquer sentimento a mais pode denotar loucura se não entender a razão.
E isto vale para qualquer pessoa, natureza ou coisa inanimada.

Da estação, sempre vejo o AMOR passar num ônibus que não fiz sinal para parar.

O AMOR E OS RELACIONAMENTOS: perspectiva budista


Ana Taboada
Caros amigos e amigas,

Numa sociedade em que os relacionamentos são feitos de promessas e juramentos pode parecer bastante difícil à primeira vista aceitar a perspectiva budista sobre o amor. Mas de facto se analisarmos a natureza de uma promessa ou juramento chegamos à conclusão que não passa de uma forma artificial e redutora de manter uma relação. Assim, tendo como base a promessa, o relacionamento é o oposto do amor. A promessa limita, cria fronteiras e, por isso, destrói a liberdade.

O amor, na perspectiva budista, é liberdade. Isto significa que a nossa promessa é unicamente não ter promessas… Dito de uma forma menos polémica seria: a nossa única promessa é manter espaço. Manter espaço numa relação significa dar a oportunidade da outra pessoa se expressar tal como é e não como nós queremos que ela seja… significa estar receptivo e aberto a todas as possibilidades.

A diferença é muito bela… torna o mundo mais colorido e pouco monótono. Por isso faz todo o sentido amar a diferença. Contudo, a diferença também é o nosso desafio. Sem amor essa diferença torna-se o nosso problema e a causa do nosso sofrimento. Mas com amor a diferença faz da vida um quadro muito bonito. Neste quadro tudo é diferente, mas ainda assim tudo existe em relação de interdependência. Tudo é inseparável. E o que faz ver tudo belo e perfeito são os olhos da sabedoria: o amor!

Portanto, no budismo em vez de relacionamentos, falamos em amor. É o amor que devemos praticar e não as promessas…

Tulku Lobsang explica muito bem a importância de mantermos espaço numa relação da seguinte forma: quando estamos demasiado próximos deixamos de ver a pessoa que está ao nosso lado; é necessário um certa distância para nos continuarmos a ver, para apreciarmos e valorizarmos.

O amor precisa de espaço para sobreviver. Por isso, o alimento do amor é a liberdade… assim, mais importante que a quantidade é a qualidade dos momentos!

Mas se existe apenas liberdade também é demasiado frio. É necessário dar-lhe amor para que possa aquecer.

Da união das duas nasce o amor perfeito… difícil de se obter, mas possível!

Esse amor puro está para além do medo e das expectativas. Não tem medo de perder, porque sabe que o amor não é algo que se tem… Não espera nada, porque sabe que quem ama automaticamente recebe…

Mas o nosso problema é que para nós amar alguém, significa “quero-te” e, por isso, sofremos do apego e do ciúme… ou que o nosso amor depende do amor da outra pessoa e por isso sofremos da rejeição… mas a magia do amor é que no momento que amamos tornarmo-nos livres! Amamos e nesse momento libertamo-nos dessa pessoa… isto significa que o quer que essa pessoa faça, está tudo bem para nós… porquê? Porque a amamos! Então amar profundamente alguém significa que existe pelo menos uma pessoa que não nos causa problemas neste mundo! Essa pessoa, com as suas virtudes e defeitos apresenta-se perfeita aos nossos olhos.

Por isso quem ama fica sempre a ganhar! Pois quem ama é quem se liberta…

E se o amor for muito profundo, essa pessoa está sempre no nosso coração. Não há distancia que nos separe.

E mesmo que essa pessoa não me ame, não sofro de rejeição, mas sinto compaixão… compaixão porque quem não me ama é quem fica a perder! Perde a magia do amor!

Mas amar desta forma tão incondicional é muito difícil. Até porque confundimos amor incondicional com paixão e paixão nada mais é que a obsessão por uma pessoa: vivemos em função daquela pessoa e perdemo-nos a nós mesmos. Perdemos o nosso espaço. Logo é demasiado quente e queima-nos. Esse fogo destruir-nos-á mais cedo ou mais tarde.

Encontrar o quentinho do amor incondicional e saber mantê-lo é tarefa de muitas vidas… mas não é impossível!

Requer desenvolver um amor que passa pelo profundo respeito e confiança.

Enquanto o amor fizer sofrer, definitivamente não é amor… se o amor causasse sofrimento não faria sentido praticá-lo. Já temos sofrimento suficiente neste oceano de samsara!

Conclusão: o amor aceita a mudança. Caso contrario estamos a lutar contra a lei da natureza. E a natureza de tudo é mudança. E o que faz essa mudança ser bela e perfeita é o amor. Unicamente o amor! Por isso, o amor não só aceita a mudança como faz ver bela a mudança!

Mas a nossa tendência inata é apegarmo-nos ao fixo e imutável. Queremos que as nossas relações durem toda a vida na forma como idealizámos. Não damos espaço para a mudança… a mãe não aceita que o filho cresça e conquiste a sua independência; o melhor amigo não tolera partilhar o seu lugar com outros amigos; a namorada não compreende a mudança de comportamento do namorado; o marido não aceita que a sua mulher mude de filosofia de vida… etc, etc….

Nós mudamos, a vida muda, logo é perfeitamente natural as relações também mudarem. Apenas há algo que não pode mudar: o amor! Esse deve permanecer indestrutível. E é o amor que nos faz adaptar à música que a vida nos apresenta. Dependendo da música devemos dançar de forma diferente… esta é a forma de expressarmos o nosso amor!

Por isso, viver ou não toda a vida com a mesma pessoa não é relevante na perspectiva budista. O mais importante é praticarmos o amor durante toda a nossa vida… com o amigo, a namorada, o marido, o conhecido e o desconhecido! Mas em especial com aqueles que nos colocam mais desafios. Com esse temos de praticar todos os dias!

O budismo ensina como praticar o amor. A prática do Poder do Amor é uma forma de gerarmos um amor cada vez mais incondicional e natural.


Ó borboleta adormecida, desperta!


Abre a tua mente… abre completamente a tua mente para que possas abrir o teu coração. 
Não digas que me amas enquanto a tua mente não se abrir porque só uma mente aberta se rende completamente ao amor. 
Tu que pensas que és livre! Tu que pensas que sabes o que é amar! 
Se és livre, então porque sofres? Se sabes amar, como ainda dizes que o amor te causou dor? 
Não te enganes! Não continues a ser o teu maior inimigo! 
Faz por te conhecer! Faz por vencer o que te mantém refém de ti próprio! 
Abre-te! 
Abre-te para te soltares de tudo aquilo que te limita… de todas as tuas fronteiras… Liberta-te das correias e solta-te! Sim, solta-te e voa… e nesse espaço imenso, sim, sê o que és: AMOR! 
Usa a tua mente, porque a tua mente é a chave para abrir o tesouro guardado no teu coração. 
Essa chave chama-se liberdade. Conquista essa chave e usa-a, porque essa chave é sabedoria! 
Esse tesouro chama-se amor. Amor sem nada que o condiciona. Amor sem medo e sem expectativas. Amor puro e livre! 
Desperta! Desperta! 
Desperta-te desse sono profundo que te deixa tão entorpecido… Desperta desses sonhos que te deixam tão inebriado… Sou eu quem quero que venhas voar comigo! 
Não tenhas medo de voar… nada do que deixas para trás é o que és… nada do que fica é teu. 
Vem voar! Sai do casulo e transforma-te, ó borboleta adormecida! 
Tens duas asas. Uma chama-se liberdade. Outra chama-se amor. Usa-as e voa! 
Vem fazer-me companhia, ó borboleta adormecida!

http://anataboadablog.com/artigos/

AMOR AOS 40

Dizem que a vida começa aos 40! Talvez porque seja mais ou menos a época em que grande parte das pessoas encontra respostas para tantas perguntas deixadas pelo caminho. Ou talvez tenha a ver com o alcance de uma maturidade até então muito buscada. Mas há também quem sinta que o tempo está passando rápido demais. E que a vida não espera. E que o amor não é a brincadeira imaginada até então...

O fato é que o mundo não para até que estejamos seguros e certos de que queremos realmente ser felizes. E essa não é, definitivamente, uma conclusão a que se chega, e sim um aprendizado que se conquista. Mas não pensando. Não acumulando conhecimentos. Apenas e tão somente vivendo. Praticando, errando, tentando mais uma vez e amadurecendo! E os 40 é um bom marco para se dar conta dessa importância que a vida tem. E, mais do que isso, de que ela tem fim. E de que isso faz diferença.

Assim, tocadas por essa intuição, muitas pessoas quando chegam aos "enta" finalmente se autorizam a arriscar. A pagar pra ver. A serem elas mesmas, a despeito do que gostariam que elas fossem. A simplesmente amar por hoje. Viver o agora. Deixar pra trás o que já passou e parar de se preocupar tanto com o que se imagina que está por vir. Aos 40, é tempo de, sobretudo, deixar o amor acontecer e aproveitar o que há de bom!

Porém, não nos enganemos: os 40 também traz um filtro que, antes, a maioria das pessoas não tem! Aprendemos a fazer escolhas. A saber, com muito mais facilidade e rapidez, a diferença entre o que a gente quer e o que a gente não quer. Mas daí a bancar essas escolhas, pode ser um passo adiante. Porque é preciso abandonar a carapuça de bonzinho pra se desnudar e ser autêntico. Pra se colocar nas relações. Pra exercitar a comunicação e a alteridade no amor.

Sim, porque amor aos 40 pede clareza de alma, coração de gente grande, diálogo franco. Sem joguinhos, sem frescura, sem ranhetices que não levam a nada. Amor aos 40 tem de estar mais interessado no prazer e na fluidez dos acontecimentos. Sem briguinhas por motivos inventados. Afinal de contas, insegurança e medo de sofrer todos nós temos, inclusive aos 40, mas isso não pode mais conduzir nossas ações ou reações. Amor depois dos 40 tem de ser consciente, entregue e de verdade. Não precisa ser pra sempre. Mas tem de ser com dignidade e até o fim! Tem de valer a pena!


- TODO ROMANTICO É UM ENGANADO!

Eu acredito no REFLEXO que faço da outra pessoa. 
Não importa se é verdadeiro, real ou concreto. 
O que importa é o meu gostar por aquela pessoa mesmo que não venha a ser retribuído.
Louco, talvez!
Sei que o meu sistema é ofensivo para alguns, mas para mim as pessoas geram PONTOS DE SATISFAÇÃO. 
Menos, Mais, Muitos, Poucos. 
São esses pontos que regem os relacionamentos.
São esses pontos que as tornam belas.
São esses pontos que nos impulsionam para os encontros.
Quando os pontos máximos nos abrem os olhos, o sentimento flui como se houvesse uma simbiose atávica ligando-nos. 
Impossível mensurar a coincidência quando conversamos, olhamos ou tocamos.
Há um frenesi, choque e arrepio.
É fantástico perceber como o tempo não escoa, não passa, permanece infantilmente, para frente e para trás.
Minutos são horas! Nem adianta olhar o relógio, ele está do mesmo jeito: parado!
- É o estar presente sem depois. 
Não dá para justificar sem você vivenciar. 
Às vezes chego às raias do platônico virtual e outras vezes ao cúmulo da amizade fraternal mas, em ambos casos é a satisfação de querer estar junto é que inunda e afoga o momento.
É quase óbvio que a outra pessoa não vai entender essa "necessidade latente e pulsante" e vai sair correndo como um pássaro às vistas de um gato. 
É como uma porta entreaberta, um furo na privacidade, quase um roubo... De liberdade.
Qualquer sentimento a mais pode denotar loucura se você não entender a razão.
E isto vale para qualquer pessoa, natureza ou coisa inanimada.

- Da estação, sempre vejo o AMOR passar num ônibus que não fiz sinal para parar.

CAMINHAR


"Deus tira de nós o que mais amamos. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso. E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém. Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E no fim apenas a saudade e uma certeza: não importa onde esteja, estará sempre comigo." 

- Passei por essa frase pendurada no lustre da varanda quando saia para caminhar e me lembrei de que a melhor companhia que podemos ter somos nós mesmos. Porém, sozinhos. Talvez o ato de caminhar possa explicar melhor uma solidão. Ninguém pode andar por nós ou fazer o nosso caminho, pode é acompanhar o caminhar, o andar ou o passeio a pé. E mesmo assim, não é garantia de participação. Tem aquela frase que caracteriza a má companhia. 

Mas não pensei isto pela negativa. Estava refletindo sobre o fato de andar acompanhado e depois ficar a andar sozinho por “alguma qualquer” razão. As justificativas podem ser as mais variadas, pelos dois lados, mas não explica. Uns dizem que devemos seguir em frente ( para onde? e fazer o que com a meta? ) outros não dizem nada e nos espelhamos em “coitados” que sentados, esperam por algo que não deverá voltar. 

Caminhar sozinho tem suas vantagens, mas sempre penso nas desvantagens. Os benefícios são sempre efêmeros no que toca profundidade de sentimento. Certa vez, me “peguei” a tentar sair do caminho como forma de evitar a lembrança. É um ledo engano, pois qualquer paisagem, qualquer acidente geográfico e principalmente os “insights” e os malditos “flash-back” me joga intimamente ao momento em que fiquei só. Vem a cabeça todo o caminho que anteriormente foi percorrido até aquele momento fatídico e o pior é a imaginação futuristica que tenho 'SE' tivesse a companhia de (...) como o caminho teria sido. 

Pense você o que pensar, o pensamento da perda tem uma agravante: a surdez. Nem mesmo a voz da razão se faz ouvir. Acreditamos piamente que a situação é passageira e que a pessoa vai se tocar e vai voltar. Esperamos na chuva, na rua e no pior lugar (aceitando como bom) com a intenção de esperar que a pessoa deixe a outra e aceite o amor que devotamos. 

Essa espera cria a imagem da sombra que anda conosco, dia e noite e infelizmente olhamos para ela e esquecemos quem esta do nosso lado. 

"O dia de ontem é apenas um sonho. O amanhã, uma simples visão. Mas, o dia de hoje, bem vivido, faz de cada dia passado um sonho de felicidade e de cada dia futuro uma visão de esperança. Sejamos, pois, cuidadosos com o dia presente"

PARA QUE SERVE OS INIMIGOS!!!!!!!

Há certas pessoas que, por mais que eu implore não me deixam em paz. Tornam-se inimigas cada vez mais odiosas e presentes no meu dia-a-dia. Aparecem somente para causar impressão. Nada mais. Nenhuma palavra, nenhum gesto, nenhuma atitude de afronta. Nada. Eles aparecem e nos desestabiliza.

spain-salamanca-plaza-mayor
UMA (o nome é estranho, mas é o nome dela) é dessas inimigas e pior, uma anti-amiga. 
Abordou-me na rua da maneira mais educada que a indiferença poderia ser suportada e sem cerimônia alguma, deu-me um disquete 3,5” e me disse: “sei o que você esta passando na sua vida aqui no Brasil e isto prova o quanto você é um otário - arrume a apresentação que esta ai dentro e depois manda para o meu e-mail - você é um estúpido, mas é um ótimo profissional criativo - fico esperando”. Simplesmente virou as costa entrou no carro e foi-se. Nem tive tempo para atirar o disquete na cara dela. Atônito, nem pude xingá-la, dizer uns desaforos. 

Minha raiva foi tanta que fiquei estático no meio do calçadão com todo o dia passando por mim sem pedir licença. Sem saber o que fazer aguardei “o disquete da discórdia”. Foram dias de descaso “para o trabalho”. Nem sabia o que tinha. Quando resolvi ver o que tinha fui a um CYBER. Sei lá se tinha vírus. Tudo limpo. 

UMA foi uma colega, uma amiga a qual não aceitei o perdão por um erro que depois de anos descobri que tinha sido meu erro. Evitei encontrá-la e muito menos falar com ela. Assim foi até aquele sábado no centro da cidade de Porto Alegre. Anos se passaram e ela não esqueceu o meu erro. Eu mudei de fisionomia, envelheci, engordei, me tornei outro, mas ela me reconheceu. Ela “me carregou” na memória esse tempo todo só para me encarar, na frente do Mercado Público, com a negação de meu perdão e o reconhecimento do meu erro. 

A apresentação que tinha que arrumar foi a pior agressão que ela podia me causar. Como boa adepta da vida oriental, ela foi metodicamente sutil. Ardilosa e lá no fundo, vingativa. 

Aprendi a lição e agora sou eu que preciso lhe falar, preciso dar-lhe o reconhecimento do meu erro para além do meu perdão. Quero a amizade dela de novo. Tenho que recuperar o tempo em que estive errando dia após dia. 

Abaixo deixo o texto da apresentação: - estude-a. 

---------------------------------------------- 

APRENDENDO NAS QUEDAS 
LETÍCIA THOMPSON 

Por que será que nos lamentamos tanto quando nos decepcionamos, perdemos e erramos? O mundo não acaba quando nos enganamos; ele muda, talvez, de direção. Mas precisamos tirar partido dos nossos erros. Porque tudo teria que ser correto, coerente, sem falhas? As quedas fazem parte da vida e do nosso aprendizado dela. 

Que dói, dói. Ah! Isso não pode negar! Dói no orgulho, principalmente. E quanto mais gente envolvida, mais nosso orgulho dói. Portanto, o humilhante não é cair, mas permanecer no chão enquanto a vida continua seu curso. O problema é que julgamos o mundo segundo nossa própria maneira de olhar e nos esquecemos que existem milhões e milhões de olhares diferentes do nosso. 

Mas não está obrigatoriamente errado quem pensa diferente da gente só porque pensa diferente. E nem obrigatoriamente certo. Todo mundo é livre de ver e tirar suas próprias conclusões sobre a vida e sobre o mundo. Às vezes acertamos, outras erramos. E somos normais assim. Então, numa discussão, numa briga, pare um segundo e pense: “e se eu estiver errado?” é uma possibilidade na qual raramente queremos pensar. 

Nosso “eu” nos cega muitas vezes. Nosso ciúme, nosso orgulho e até, por que não, nosso amor. Não vemos o lado do outro e nem queremos ver. E somos assim, muitas vezes injustos tanto com o outro quanto com a gente mesmo, já que nos recusamos a oportunidade de aprender alguma coisa com alguém. 

E é porque tanta gente se mantém nessa posição que existem desavenças, guerras, separações. Ninguém cede e as pessoas acabam ficando sozinhas. E de que adianta ter sempre razão, saber de tudo, se no fim o que nos resta é a solidão? Vida é partilha. E não há partilha sem humildade, sem generosidade, sem amor no coração. 

Na escola, só aprendemos porque somos conscientes de que estamos lá porque não sabemos ainda; na vida é exatamente a mesma coisa. Se nos fecharmos, se fecharmos nossa alma e nosso coração, nada irá entrar. E será que conseguiremos nos bastar a nós mesmos? 

Eu duvido. 

Não andamos em cordas bambas o tempo todo, mas às vezes é o único meio de atravessar. Somos bem mais resistentes do que julgamos; a própria vida nos ensina a sobreviver, viver sobre tudo e, sobretudo nunca duvide do seu poder de sobrevivência! Se você duvida, cai. Aprenda com o apóstolo Pedro que enquanto acreditou, andou sobre o mar, mas começou a afundar quando sentiu medo. Então, afundar ou andar sobre as águas? 

Depende de nós, depende de cada um em particular. Podemos nos unir em força na oração para ajudar alguém, mas só esse alguém pode decidir a ter fé, força e coragem para continuar essa maravilhosa jornada da vida.

AMOR ...


Expressar o amor é uma arte extraordinária.

Ter contato com esse amor que temos, bem no fundo, exige grande honestidade consigo mesmo e com o outro também.

Exige, além disso, um conhecimento de si mesmo, porque se não me conheço, só pretendo ser o que não sou e estou sempre ocupado em apresentar uma
imagem irreal de mim.

Dessa maneira, não posso atender às necessidades, ao chamado desse amor, desse sentimento.

Nathalie De Salzmann de Etievan

PRATO DO DIA: AMOR ETERNO


Ingredientes: 


  • 1 amor 
  • Pitadas de carinho a gosto 
  • 1 tablete de amizade 
  • 1 colher de sopa cheia de respeito 
  • Litros de compreensão 


Preparo

Primeiramente, conseguir o ingrediente principal, raro no mercado, mas não impossível. É só saber procurar o "amor" incansavelmente. Feito isso, teria que conseguir que ele se fizesse presente, pois do contrário a receita desanda. 
Vá adicionando calmamente as pitadas de "carinho", até que ocupe todos os espaços. Em seguida dissolva a "amizade", até que esteja pura e transparente. Adicione a colher bem cheia de "respeito", mexendo sempre, sem parar, até que esteja totalmente absorvido. E finalmente os litros de "compreensão", que devem ser adicionados calmamente, precisos. Nesse momento aconselho ir provando, pois se deve saber respeitar o gosto de cada um. 

Sugestão de sobremesa: "Intimidade a Dois". 

OBS: A receita é prática e fácil, basta saberem usar os ingredientes corretamente. Acredito que com essa receita, qualquer amor que se julgava "infinito enquanto dure", tornar-se-á eterno! E pode abusar, use esse prato do dia diariamente!

AMOR VIRTUAL


... O amor virtual é um sentimento sem compromisso, vai aos poucos tomando conta de nossos pensamentos,ocupando espaço em nosso coração, no começo é só uma brincadeira... depois vai se tornado sério... já não é mais tão engraçado um ficar esperando o outro entrar pelo cantinho da tela. Navegar de site em site á procura de alguém, que derrepente nem está se importando com sua existência ... você está apaixonado... você tem certeza de seus sentimentos... você esta amando uma fotografia... pode ser que nem essa foto seja real... mesmo sabendo de tudo isso seu coração dispara quando o cartãozinho entra na tela ... seu amor está on-line... você fica na espera ... esperando ser chamada... está demorando tanto...

Que pena!!! Seu amor está off-line... Nem lhe disse um "oi"... Que pena!!!

GOSTO DE ...

  • Caminhar com o intuito de esquecer
  • Cozinhar para satisfazer, eu e outros
  • Filmes por que me isolam da realidade
  • Fotografar pois me ajudam a lembrar da vida
  • Livros por que ensinam a valorizar o momento