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TREM NOTURNO PARA LISBOA


Em 'Trem noturno para Lisboa', Raimund Gregorius, professor de línguas clássicas em Berna, se levanta no meio da aula, abandona a sala e toma um trem para Lisboa. Em sua bagagem está um exemplar de reflexões filosóficas escrito pelo médico português Amadeu de Prado. Fascinado pelo livro, Gregorius decide investigar o autor. Em sua viagem, encontra pessoas que ficaram marcadas por seu relacionamento com esse homem excepcional, que o conheceram como médico, poeta ou combatente da ditadura.

Pascal Mercier é o pseudônimo literário do filósofo Peter Bieri. Nasceu em Berna em 1944 e até recentemente foi professor de Filosofia na Universidade de Berlim.

Peter Bieri
publicou, sob
o pseudónimo
PASCAL MERCIER
Trem Noturno a Lisboa, seu terceiro romance, vendeu em todo o mundo mais de 2.000.000 de exemplares desde que foi publicado em 2004 na Alemanha, onde ficou três anos na lista dos mais vendidos. O sucesso foi tanto que transformou o título do livro em uma expressão idiomática: vou tomar o trem noturno para Lisboa, ou seja, vou mudar de vida, tentar outros caminhos, buscar meus sonhos perdidos, aqueles sonhos que nem sequer tentei tornar verdadeiros.

UM OURIVES DAS PALAVRAS (alusão a Friedrich Nietzsche) - Dr. Amadeu Inácio de Almeida Prado, publicado em Lisboa pela Editora Cedros Vermelhos em 1975

Intertextualidade entre o livro Um ourives das palavras - de Amadeu Inácio Almeida Prado e O livro do desassossego - de Fernando Pessoa, Carta a meu pai - de Franz Kafka, O lobo da estepe – de Hermann Hesse [http://livros-que-li-e-reli.blogspot.com.br/2013/11/um-ourives-das-palavras-trem-noturno.html]


TRECHOS DO LIVRO

- "O 'o', que ela pronunciava surpreendentemente como um 'u', a sonoridade clara, estranhamente abafada do ê e o macio chiado no final soaram-lhe como uma melodia que, para ele, perdurou mais tempo do que na realidade, uma melodia que ele simplesmente adoraria ter escutado durante todo o resto do dia."

- "Haveria um mistério sob a superfície da atividade humana? Ou seriam as pessoas exatamente como se revelam através de suas ações explícitas?"

- "É um engodo achar que os momentos decisivos de uma vida, em que seus rumos habituais mudam para sempre, sejam necessariamente acompanhados de uma dramaticidade ruidosa e estridente, acompanhada de grandes surtos. (...) Na verdade, a dramaticidade de uma experiência decisiva para a vida é de natureza inacreditavelmente silenciosa."

- "Às vezes, temos medo de alguma coisa apenas porque temos medo de outra."

- "Havia pessoas que liam e havia as outras. Era fácil distinguir se alguém era leitor ou não. Não havia maior distinção entre as pessoas do que esta."

- "Quem sente dores ou medo não pode esperar."

- "Dizer alguma coisa para outra pessoa: como podemos esperar que aquilo possa surtir efeito? O fluxo de pensamentos, imagens e sentimentos que passa por nós tem uma força tal que seria um milagre se não inundasse simplesmente todas as palavras que outra pessoa nos diz, relegando-as ao esquecimento, a não ser que coincidentemente, muito coincidentemente, combinem com as nossas próprias palavras."

- "Mas o que é um ser humano sem segredos? Sem pensamentos e desejos que apenas ele próprio conhece?"

- "A imaginação, o nosso último santuário."

- "Como seria levar uma vida que se proíbe qualquer expectativa ousada e imodesta, uma vida em que somente houvesse expectativas banais, como a espera pelo próximo ônibus?"

- "Por que os vestígios do passado me entristessem, mesmo quando são vestígios de alguma coisa alegre?"

- "Viver o momento: soa tão certo e tão belo. Mas quanto mais desejo isso, menos percebo o que significa."

- "Como seria depois de ler a última frase? Sempre temera a última página, e a partir do meio do livro já o afligia periodicamente o pensamento de que teria de haver irremediavelmente uma última frase."

- "Será que tudo o que fazemos é pelo medo que temos da solidão?"

- "Eles riram e riram mais e mais, olharam um para o outro e sabiam que também estavam rindo sobre risos passados e sobre o fato de que se ri melhor daquilo que mais importa."

- "Dizer alguma coisa para outra pessoa: como podemos esperar que aquilo possa surtir efeito? O fluxo de pensamentos, imagens e sentimentos que passa por nós tem uma força tal que seria um milagre se não inundasse simplesmente todas as palavras que outra pessoa nos diz, relegando-as ao esquecimento, a não ser que coincidentemente, muito coincidentemente, combinem com as nossas próprias palavras."

- “Se é verdade que apenas podemos viver uma pequena parte daquilo que em nós existe, então o que acontece ao resto?”

- "Que pode - que deve - ser feito, com todo o tempo que temos pela frente? Em aberto e informe, leve como o ar na sua liberdade e pesado como chumbo na sua incerteza?"

- "É um desejo, um simples e nostálgico sonho, voltar a determinado ponto da nossa vida e poder tomar um rumo completamente diferente daquele que fez de nós quem somos?"

- “Quando falamos de nos próprios, sobre os outros ou simplesmente sobre coisas, o que pretendemos é — poderíamos dizer — nos revelar através de nossas palavras: Queremos dar a conhecer o que pensamos e sentimos. Permitimos que os outros lancem um olhar para dentro de nossa alma. (We give them a piece of our mind).”

- “[...] Adoro túneis. Eles são para mim, a imagem da esperança: em algum momento tudo voltará a ficar claro. Caso não seja noite. Às vezes recebo visitas no compartimento. Não sei como isto é possível, com a porta trancada e selada, mas acontece. Geralmente esta visita vem num momento impróprio. São pessoas do presente e do passado. Vem e vão, conforme querem, não têm respeito e me incomodam. Preciso falar com elas. É tudo provisório, descomprometido, voltado ao esquecimento, conversas de trem. Alguns visitantes desaparecem sem deixar rastro. Outros deixam rastros pegajosos e fétidos, não adianta arejar. Nestas horas quero arrancar todo o mobiliário do compartimento para trocar por um novo. A viagem é comprida. Há dias em que desejo que seja infinita. São dias invulgares, preciosos. Há outros em que fico aliviado por saber que haverá um ultimo túnel em que o trem parará para sempre.”

- “Força-te, força-te a vontade e violenta-te, alma minha; mais tarde, porém, já não terás tempo para te assumires e respeitares. Porque de uma vida apenas, de uma única dispõe o homem. E se para ti esta já quase se esgotou , nela não soubeste ter por ti respeito, tendo agido como se a tua felicidade fosse a dos outros... Aqueles, porém, que não atendem com atenção os impulsos da própria alma são necessariamente infelizes.”

- “As vezes, temos medo de uma coisa apenas porque temos medo de outra”. 

- “O verdadeiro encenador da nossa vida é o acaso— um encenador cheio de crueldade, misericórdia e encanto cativante.” 

- “A vida não é aquilo que vivemos, é aquilo que imaginamos viver.”

- “A imaginação é o nosso último refúgio.”

- “As pessoas não suportam o silêncio, isso significaria que elas teriam de se suportar a si próprias”

- “Alguém que realmente quer conhecer a si mesmo deveria ser um colecionador obcecado e fanático de desilusões, e a procura de experiências decepcionantes deveria ser, para ele, como um vício, na verdade como um vício dominante na sua vida, pois então ele compreenderia, com toda a clareza, que a desilusão não é um veneno quente e destruidor, e sim um bálsamo refrescante e tranqüilizante que nos abre os olhos para os verdadeiros contornos sobre nos mesmos.”

- “Quando deixamos determinado lugar, deixamos para trás um pedaço de nós, permanecemos lá, apesar de partirmos. E há coisas em nós que só podemos recuperar se voltamos para lá.”

- “Estremeço só de pensar na força não intencional e desconhecida, porém inexorável e inevitável, com que os pais deixam marcas nos seus filhos, as quais, como marcas de queimadura, nunca mais poderão ser eliminadas. “ 

- “Qualquer instante pode ser o último. Sem o mínimo pressentimento, no mais completo desconhecimento, vou transpor uma parede invisível atrás da qual não existe nada, nem sequer a escuridão. O meu próximo passo pode muito bem ser o passo através dessa parede. Não seria ilógico sentir medo disso, uma vez que nem vou vivenciar esse súbito apagar e sabendo de antemão que tudo é assim mesmo?”

- “As histórias que os outros contam sobre nós e as histórias que nós mesmos contamos – quais delas se aproximam mais da verdade?”

- “Medo se tem de algo que ainda está por acontecer, que ainda temos que enfrentar.”

- “Cheguei a pensar que o espírito de Amadeus era, antes de mais nada, linguagem, – que a sua alma era feita de palavras.”

- “Um ruído alto, que parecia vir de uma distância medieval.”

- “Silencioso como um navio sepultado no fundo do mar.”

- “Na escuridão, o ranger da porta parecia bem mais ruidoso do que durante o dia, mais ruídoso e mais proibitivo.”

- "Quando a ditadura é um fato, a revolução é um dever"

- "O real diretor da vida é o acidente, um diretor cheio de compaixão atroz e charme encantador."

- "Na juventude, vivemos como se fôssemos imortais, Conhecimento de mortalidade dança em torno de nós como uma fita de papel frágil que quase não toca a nossa pele. Quando, na vida isso muda? Quando é que a fita apertar, até que finalmente ele estrangula-nos?"

- "Nós vivemos aqui e agora, tudo antes e em outros lugares é passado e esquecido na maior parte".

FONTE:


DISCURSO DE Amadeu Prado no LICEU CATOLICO:

Reverência e aversão perante a palavra de Deus.

Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso de sua beleza e de sua transcendência. Preciso delas contra a vulgaridade do mundo. Quero erguer o meu olhar para seus vitrais brilhantes e me deixar cegar pelas cores etéreas. Preciso do seu esplendor. Preciso dele contra a gritaria no pátio da caserna e a conversa frívola dos oportunistas. Quero escutar o som oceânico do órgão, essa inundação de sons sobrenaturais. Preciso dele contra a estridência ridícula das marchas. Amo as pessoas que rezam. Preciso de sua imagem. Preciso dela contra o veneno traiçoeiro do supérfluo e da negligência. Quero ler as poderosas palavras da Bíblia. Preciso da força irreal de sua poesia. Preciso dela contra o abandono da linguagem e a ditadura das palavras de ordem. Um mundo sem essas coisas seria um mundo no qual eu não gostaria de viver.

Mas existe ainda um outro mundo no qual eu não quero viver: um mundo em que se demoniza o corpo e o pensamento independente e onde as melhores coisas que podemos experimentar são estigmatizadas e consideradas pecado. O mundo em que nos é exigido amar os tiranos, os opressores e assassinos, mesmo quando seus brutais passos marciais ecoam atordoantes pelas vielas ou quando se esgueiram, silenciosos e felinos, como sombras covardes pelas ruas e travessas para enterrar, por trás, o aço faiscante no coração de suas vítimas. Entre todas as afrontas que se lançaram do alto dos púlpitos às pessoas, uma das mais absurdas é, sem dúvida, a exigência de perdoar e até de amar essas criaturas. Mesmo se alguém o conseguisse, isso significaria uma falsidade sem igual e um esforço de abnegação desumano que teria que ser pago com a mais completa atrofia. Esse mandamento, esse desvairado e absurdo mandamento do amor para com o inimigo, serve apenas para quebrar as pessoas, para lhes roubar toda a coragem e toda a autoconfiança e para torná-las maleáveis nas mãos dos tiranos, para que não consigam encontrar forças para se levantar contra eles, se necessário, com armas. 

Venero a palavra de Deus, pois amo a sua força poética. Abomino a palavra de Deus, pois odeio a sua crueldade. Este amor é um amor difícil, pois tem que distinguir constantemente entre o brilho das palavras e a subjugação verborrágica a uma divindade presumida. Este ódio é um ódio difícil, pois como é que podemos nos permitir odiar palavras que fazem parte da própria melodia da vida nessa parte da Terra? Palavras que para nós foram dadas como finais, quando começamos a pressentir que a vida visível não pode ser toda a vida? Palavras sem as quais não seríamos aquilo que somos?

Mas não nos esqueçamos: são palavras que exigem de Abraão que sacrifique o seu próprio filho como se fosse um animal. O que fazer com a nossa ira quando lemos isto? Um Deus que acusa Jó de disputar com ele quando nada sabe e nada entende? Quem foi que o criou assim? E por que seria menos injusto quando Deus lança alguém no infortúnio sem motivo do que quando um comum mortal o faz? E Jó não teve todos os motivos para a sua queixa?

A poesia da Palavra divina é tão avassaladora que cala tudo e reduz toda e qualquer contestação a um uivo lastimável. É por isso que não se pode simplesmente pôr a Bíblia de lado, mas ela deve ser jogada fora assim que estejamos fartos de suas exigências e do jugo que ela nos impõe. Nela, manifesta-se um Deus avesso à vida, sem alegria, um Deus que quer restringir a poderosa dimensão de uma vida humana – o grande círculo que descreve quando está em plena liberdade – a um só e limitado ponto de obediência. Carregados com o fardo da mágoa e o peso do pecado, ressequidos pela subjugação e pela falta de dignidade da confissão, a testa marcada pela cruz de cinza, devemos marchar em direção à sepultura, na esperança mil vezes contestada de uma vida melhor a Seu lado; mas como pode ser melhor ao lado de alguém que antes nos privou de todos os prazeres e de todas as liberdades?

E, no entanto, as palavras que vêm de Deus e para ele se dirigem são de uma beleza avassaladora. Como as amei nos tempos de coroinha! Como me embriagaram no brilho das velas do altar! Como pareceu claro, tão claro quanto a luz do sol, que aquelas palavras fossem a medida de todas as coisas! Como parecia incompreensível, para mim, que as pessoas dessem importância também para outras palavras, quando cada uma delas não podia significar mais do que dispersão desprezível e perda da essência! Ainda hoje paro quando escuto um canto gregoriano, e durante um instante irrefletido fico triste que este estado de embriaguez tenha dado lugar irremediavelmente à rebelião. Uma rebelião que se ateou em mim como uma labareda quando, pela primeira vez, escutei estas palavras: sacrificium entellectus.

Como podemos ser felizes sem a curiosidade, sem questionamentos, dúvidas e argumentos? Sem o prazer de pensar? As duas palavras que são como um golpe de espada que nos decapita não significam nada menos senão a exigência de vivenciar nossos sentimentos e nossas ações contra o nosso pensar, são um convite para uma dilaceração ampla, a ordem de sacrificar precisamente o núcleo da felicidade: a harmonia interior e a concordância interna de nossa vida. O escravo na galé está acorrentado, mas pode pensar o que quiser. Mas o que Ele, o nosso Deus, exige de nós, é que interiorizemos com nossas próprias mãos a escravidão nas profundezas mais profundas e que, ainda por cima, o façamos voluntariamente e com alegria. Pode haver escárnio maior?

Em sua onipresença, o Senhor é alguém que nos observa dia e noite, que a cada hora, cada minuto, cada segundo registra nossas ações e nossos pensamentos, nunca nos deixa em paz, nunca nos permite um momento sequer em que possamos estar a sós conosco. Mas o que é um ser humano sem segredos? Sem pensamentos e desejos que apenas ele próprio conhece? Os torturadores, os da Inquisição e os atuais, sabem: corte-lhe a possibilidade de se retirar para dentro, nunca apague a luz, nunca o deixe a sós, negue-lhe o sono e o sossego, e ele falará. O fato de a tortura nos roubar a alma significa: ela destrói a solidão com nós mesmos, da qual necessitamos como do ar para respirar. O Senhor, nosso Deus, nunca percebeu que, com sua desenfreada curiosidade e sua repugnante indiscrição, nos rouba uma alma que, ainda por cima, deve ser imortal?

Quem é que realmente quer ser imortal? Quem quer viver por toda a eternidade? Como deve ser tedioso e vazio saber que não tem a menor importância o que acontece hoje, este mês, este ano, pois ainda sucederão infinitos dias, meses, anos. Infinitos no sentido literal da palavra. Alguma coisa ainda contaria, neste caso? Não precisaríamos mais contar com o tempo, não perderíamos mais oportunidades, não teríamos mais que nos apressar. Seria indiferente se fizéssemos alguma coisa hoje ou amanhã, totalmente indiferente. Diante da eternidade, negligências milhões de vezes repetidas se tornariam um nada e não faria mais sentido lamentar alguma coisa, pois sempre haveria tempo para recuperar. Não poderíamos nem mesmo nos entregar à simples fruição do dia, pois essa sensação de bem-estar decorre da consciência do tempo que se esvai, o ocioso é um aventureiro perante a morte, um cruzado contra o ditado da pressa. Onde ainda existe espaço para o prazer em esbanjar tempo quando existe tempo sempre, em todo lugar, para tudo e para todos?

Um sentimento não é idêntico quando se repete. Tinge-se de outras nuances pela percepção do seu retorno. Cansamo-nos dos nossos sentimentos quando se repetem muitas vezes ou duram demais. Na alma imortal surgiria, portanto, um tédio gigantesco e um desespero gritante perante a certeza de que aquilo nunca acabará, nunca. Os sentimentos querem evoluir, e nós com eles. São o que são porque repelem o que já foram e porque fluem em direção a um futuro onde mais uma vez se afastarão de nós. Se esse caudal desaguasse no infinito, milhares de sensações teriam que surgir dentro de nós, que, acostumados a uma dimensão limitada de tempo, nunca conseguiríamos imaginar. De modo que, pura e simplesmente, nem sabemos o que nos é prometido quando ouvimos falar da vida eterna. Como seria sermos nós próprios na eternidade, sem o consolo de podermos, um dia, vir a ser redimidos da obrigação de sermos nós? Não o sabemos, e o fato de nunca o virmos a saber representa uma bênção. Pois uma coisa podemos estar certos: seria um inferno, esse paraíso da imortalidade. 

É a morte que confere o instante a sua beleza e o seu pavor. Só através da morte é que o tempo se transforma num tempo vivo. Por que e que o Senhor, Deus onisciente, não sabe disso? Por que nos ameaça com uma imortalidade que só poderia significar um vazio insuportável?

Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso do brilho de seus vitrais, de sua calma gelada, de seu silêncio imperioso. Preciso das marés sonhadas do órgão e do sagrado ritual das pessoas em oração. Preciso da santidade das palavras, da elevação da grande poesia. Preciso de tudo isso.  Mas não menos necessito da liberdade e do combate a toda a crueldade. Pois uma coisa não é nada sem a outra. E que ninguém me obrigue a escolher.

FONTE:

VER FILMES MELHORA SEU RELACIONAMENTO

- CASABLANCA!!!!!
Quer fazer seu relacionamento dar certo? A ciência tem uma fórmula mágica: veja pelo menos cinco filmes por mês junto com seu amor. O risco de separação cai pela metade.

Foi o que perceberam os cientistas americanos ao convidarem 174 casais recém-casados para a pesquisa. Eles foram aleatoriamente separados em três grupos: gerenciamento de conflito, treinamento de compaixão e aceitação, e análise do relacionamento por meio de filmes. Outros casais analisados não receberam nenhum treinamento.

O primeiro grupo treinou como escutar de verdade o parceiro, ao invés de só pensar em respostas imediatas durante uma discussão. Já a segunda turma recebeu treinamento para trabalhar junto, como um time – com exercícios e leituras aprenderam a se relacionar com mais compaixão e empatia, escutando o parceiro como se fosse um amigo, praticando gestos de gentileza e afeição, e usando linguagem de aceitação. Os dois grupos tiveram aulas semanais, com práticas supervisionadas, e lições de casa, ao longo de um mês, num total de 20 horas.

Quem assistiu aos filmes viu apenas uma aula de 10 minutos sobre a importância em estar atento ao relacionamento e como ver os filmes podem ajudar os casais a se entenderem. Aí tiveram de assistir ao filme “Um caminho para dois”, de 1967. Em seguida, separadamente, responderam a 12 questões sobre a história (do tipo “o casal estava pronto para abrir o coração e contar ao outro como realmente se sentiam?”), e tinham de avaliar se cada situação era muito diferente ou parecida com a deles. Em casa, com uma lista de 47 opções em mãos, tiveram de assistir a um filme por semana, durante 30 dias. E, em seguida, analisar durante 45 minutos, em média, sobre as situações do casal da história.

Três anos depois, os pesquisadores conversaram outra vez com os casais participantes. Todas as técnicas funcionavam bem: a taxa de divórcio caía de 24% para 11% entre os membros dos três grupos. Quem não havia participado dos treinamentos tinha mais chance de já estar separado. “A ideia de ver filmes é incrivelmente boa. É mais sensível e bem mais barata”, diz Thomas Bradbury, um dos autores do estudo.

Pois é, parece fácil melhorar um pouquinho seu namoro. Da próxima vez que for assistir a qualquer filme, fique atento, vai que você reconhece seus erros no casal da telinha.

Ah, e quem se interessar pela lista de filmes proposta pelos pesquisadores, é só dar uma olhada abaixo.

LISTAS DO FILMES DA PESQUISA

A Star Is Born (1954)
Judy Garland and James Mason

Adam's Rib (1949)
Spencer Tracy and Katharine Hepburn

Anna Karenina (2012)
Keira Knightley and Jude Law

As Good as it Gets (1997)
Jack Nicholson and Helen Hunt

Barefoot in the Par (1967)
Robert Redford and Jane Fonda

Children of a Lesser God (1986)
William Hurt and Marlee Matlin

Days of Wine and Roses (1962)
Jack Lemmon and Lee Remick

Desk Set (1957)
Spencer Tracy and Katharine Hepburn

Dying Young (1991)
Julia Roberts and Campbell Scott

Fools Rush In (1997)
Matthew Perry and Salma Hayek

Forget Paris (1995)
Billy Crystal and Debra Winger

French Twist (1995)
Patrick Aubrée and Josiane Balasko

Funny Girl (1968)
Barbra Streisand and Omar Sharif

Gone With the Wind (1939)
Clark Gable and Vivien Leigh

Guess Who's Coming to Dinner (1967)
Spencer Tracy and Sidney Poitier

Hanover Street (1979)
Harrison Ford and Lesley-Anne Down

Husbands and Wives (1992)
Woody Allen and Mia Farrow

Indecent Proposal (1993)
Robert Redford and Demi Moore

Jungle Fever (1991)
Wesley Snipes and Anna Sciorra

Love Jones (1997)
Larenz Tate and Nia Long

Love Story (1970)
Ali MacGraw and Ryan O'Neal

Made for Each Other (1939)
Carol Lombard and Jimmy Stewart

Mississippi Masala (1991)
Denzel Washington and Sarita Choudhury

Move Over, Darling (1963)
Doris Day and James Garner

Mr. Blandings Builds his Dreamhouse (1948)
Cary Grant and Myrna Loy

My Favorite Wife (1940)
Irene Dunne and Cary Grant

Nina Takes a Lover (1994)
Laura San Giacomo and Paul Rhys

Nine Months (1995)
Hugh Grant and Julianne Moore

On Golden Pond (1981)
Katharine Hepburn and Henry Fonda

Pat and Mike (1952)
Spencer Tracy and Katharine Hepburn

Penny Serenade (1941)
Cary Grant and Irene Dunne

Phffft [Pfft!] (1954)
Judy Holliday and Jack Lemmon

Red Firecracker, Green Firecracker (1994)
Jing Ning and Gang Wu

She's Having a Baby (1988)
Kevin Bacon and Elizabeth McGovern

Steel Magnolias (1989)
Shirley MacLaine and Olympia Dukakis

Terms of Endearment (1983) 
Shirley MacLaine and Debra Winger

The Devil's Advocate (1997)
Keanu Reeves and Charlize Theron

The Egg and I (1947)
Claudette Colbert and Fred MacMurray

The Male Animal (1942)
Henry Fonda and Olivia de Havilland

The Out of Towners (1970)
Jack Lemon and Sandy Dennis

The Thin Man (1934)
William Powell and Myrna Loy

The Way We Were (1973)
Barbara Streisand and Robert Redford

Untamed Heart (1993)
Christian Slater and Marisa Tomei

When a Man Loves a Woman (1994)
Meg Ryan and Andy Garcia

Who's Afraid of Virginia Woolf? (1966)
Elizabeth Taylor and Richard Burton

With Six You Get Eggroll (1968)
Doris Day and Brian Keith

Yours, Mine and Ours (1968)
Henry Fonda and Lucille Ball

FILMES ADCIONAIS

American Beauty (1999)
Kevin Spacey and Annette Bening

Anger Management (2003)
Jack Nicholson and Adam Sandler

Autumn in New York (2000)
Richard Gere and Winona Ryder

Bee Season (2005)
Richard Gere and Juliette Binoche

Before Sunset (2004)
Ethan Hawke and Julie Delpy

Blue valentine (2010)
Ryan Gosling and Michelle Williams

Coal Miner's Daughter (1980)
Sissy Spacek and Tommy Lee Jones

Couples Retreat (2009)
Vince Vaughn and Malin Akerman

Crooklyn (1994)
Alfre Woodard and Delroy Lindo

Date Night (2010)
Steve Carell and Tina Fey

Deliver Us From Eva (2003)
Gabrielle Union and LL Cool J

Devil Wears Prada (2006)
Anne Hathaway and Meryl Streep

The Family Man (2000)
Nicolas Cage and Téa Leoni

Fatal Attraction (1987)
Michael Douglas and Glenn Close

Father of the bride (1991)
Steve Martin and Diane Keaton

Fool's Gold (2008)
Matthew McConaughey and Kate Hudson

Four Christmases (2008)
Reese Witherspoon and Vince Vaughn

Her (2013)
Joaquin Phoenix and Amy Adams

Hope Springs (2012)
Meryl Streep and Tommy Lee Jones

It's Complicated,(2009)
Meryl Streep and Steve Martin

Julie & Julia (2009)
Amy Adams and Meryl Streep

Jumping the Broom (2011)
Paula Patton and Laz Alonso

Just Married (2003)
Ashton Kutcher and Brittany Murphy

Life as we know it (2010)
Katherine Heigl and Josh Duhamel

Longtime Companion (1989)
Stephen Caffrey and Patrick Cassidy

Love and other drugs (2010)
Jake Gyllenhaal and Anne Hathaway

Marley and Me (2008)
Owen Wilson and Jennifer Aniston

Meet the Fockers (2004)
Ben Stiller and Robert De Niro

Monster-in-law (2005)
Jennifer Lopez and Michael Vartan

Mr. & Mrs. Smith (2005)
Brad Pitt and Angelina Jolie

Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
Jim Carrey and Kate Winslet

The Best Man Holiday (2013)
Monica Calhoun and Morris Chestnut

Obsessed (2009)
Beyoncé Knowles and Idris Elba

Something's Gotta Give (2003)
Jack Nicholson and Diane Keaton

Surviving Christmas (2004)
Ben Affleck and Christina Applegate

Sweet Home Alabama (2002)
Reese Witherspoon and Patrick Dempsey

Sweet November (2001)
Keanu Reeves and Charlize Theron

Terms of Endearment (1983)
Shirley MacLaine and Debra Winger

The Five-year Engagement (2012)
Jason Segel and Emily Blunt

The Back-up Plan (2010)
Jennifer Lopez and Alex O'Loughlin

The Big Wedding (2013)
Robert De Niro and Diane Keaton

The Bounty Hunter (2010)
Jennifer Aniston and Gerald Butler

The Break-up (2006)
Jennifer Aniston and Vince Vaughn

The Campaign (2012)
Will Ferrell and Zach Galifianakis

The Door in the Floor (2004)
Jeff Bridges and Kim Basinger

The Glass House (2001)
Diane Lane and Leelee Sobieski

The Good Girl (2002)
Jennifer Aniston and Jake Gyllenhaal

The Horse Whisperer (1998)
Robert Redford and Kristin Scott Thomas

The Marriage Chronicles (2012)
Jazsmin Lewis and Darrin Dewitt Henson

The Mirror Has Two Faces (1996)
Barbra Streisand and Jeff Bridges

The Money Pit (1986)
Tom Hanks and Shelley Long

The Notebook (2004)
Ryan Gosling and Rachel McAdams

The Story of Us (1999)
Bruce Willis and Michelle Pfeiffer

Think Like a Man (2012)
Chris Brown and Gabrielle Union

True Lies (1994)
Arnold Schwarzenegger and Jamie Lee Curtis

Unfaithful (2002)
Richard Gere and Diane Lane

Waiting to Exhale (1995)
Whitney Houston and Angela Bassett

Wanderlust (2012)
Jennifer Aniston and Paul Rudd

What Lies Beneath (2000)
Harrison Ford and Michelle Pfeiffer

When a man loves a woman (1994)
Meg Ryan and Andy Garcia

Why did I get married? (2007)
Tyler Perry and Janet Jackson

You, Me and Dupre (2006)
Kate Hudson and Owen Wilson

Don Jon (2013)
Joseph Gordon-Levitt and Scarlett Johansson

Before Midnight (2013)
Ethan Hawke and Julie Delpy

This Is 40 (2012)
Paul Rudd and Leslie Mann


ORIGINAL:

GOSTO DE ...

  • Caminhar com o intuito de esquecer
  • Cozinhar para satisfazer, eu e outros
  • Filmes por que me isolam da realidade
  • Fotografar pois me ajudam a lembrar da vida
  • Livros por que ensinam a valorizar o momento