MULHERES ONÍRICAS

Brittany ‘champagne’ Murphy

Hj tive o que tinha protelado a meses: a consulta odontológica. Márcia foi rápida, indolor e sem muito sangue. 

Mas antes da intervenção estive um tempo na sala de espera a conversar com um senhor não tão velho quanto aparentava ser porem muito mais saudosista que eu viria supor. 

Logo que sentei já foi me perguntando se gostaria de conversar de futebol regional, a copa das copas, sobre a política corrupta ou mulheres oníricas. Optei pela ultima por ser menos discutível falar sobre diva.

Ele era apaixonado de carteirinha pela Marilyn Monroe. Sabia tudo dela. Sabia sobre todos os filmes e que tinha assistido a quase todos no cinema, frisou ele. Disse-me que até tinha visto Marilyn Monroe quando esteve em Los Angeles em 1960 pouco depois do divorcio dela com Arthur. Falava com intimidade, mas com certa tristeza e até usei a expressão "amor não compartilhado" que ele aceitou e me parabenizou por ter entendido. Perguntei se era casado. Ele ficou em silencio e pensativo, talvez relembrando algo "com Marilyn Monroe", eu acho que ele era um celibatário fiel a uma única pessoa.

Foi neste instante que Márcia me chamou. Quando sai indaguei sobre aquele senhor e fiquei sabendo o nome e que acompanhava uma moça a consulta odontológica também.

Nesta hora em que fiquei deitado, anestesiado e em silencio lembrei-me das mulheres oníricas que povoam o imaginário de alguns homens.

Alguns têm a sorte de conviver com elas, outros só imaginam o que seria poder ver, tocar e principalmente, para ambos os casos, ama-las. Não nego que tive a sorte de conviver com algumas delas pessoalmente numa "convivência platônica". Talvez elas nem saibam o que seriam para mim. Talvez eu não acreditasse em mim e "endeusava" quem estava por perto. Talvez elas nem quisessem saber o que era "aquele sentimento", mas o certo é que todas evitaram-no mesmo assim. Depois do 《 Desgosto 》《 Choque 》
eu ficava com o mesmo sentimento que o senhor Ramon teve para com Marilyn Monroe. 
"- Ela sofreu e não pude ajuda-la: tenho quase um sentimento de culpa."

Alias, esse sentimento de "amor não compartilhado" eu tenho para com Brittany ‘champagne’ Murphy, a garota da foto. Não me pergunte por que ela, pois não saberei responder com palavras, são  sentimentos. Dela tenho os olhos, os cabelos e aquele jeito de perdida, de quem precisa de colo. Imagino que ela seja como as suas personagens que hj componho peça por peça a personalidade desta mulher que não conheci. Acredito nisto por que ela não interpretaria uma personagem que ela não se identificasse.

Muitos não iram entender o que é pensar em alguém com sentimento. Esses, ainda pensam na presença física, no abraco, no beijo, na frase e no sexo. Penso no que ela (BM) passou, nas escolhas que fez e nas obrigações que teve que cumprir. Imagino as pessoas que estiveram com ela e então vem a pergunta: - e se fosse comigo e se eu estivesse ao seu lado? Ah! Eu fantasio as horas, os dias e os muitos anos. O que sei é que os comentários dos filmes que ela fez, as criticas quem fazem dela e as entrevistas que ela concedeu não irão mudar a imagem que criei, aquilo que sinto e o que acho dela.

Sobre BM


Brittany Murphy - Somebody To Love


Paul Oakenfold feat Brittany Murphy - Faster Kill Pussycat


TEARS FOR FEARS "Closest Thing To Heaven"


Gostaria de ter convivido pessoalmente com ela, de poder sempre abraça-la, beija-la e dizer o quanto eu lhe amava.

Quem sabe ela teria se lembrado de mim e nunca teria se sacrificado por nada.

GOSTO DE ...

  • Caminhar com o intuito de esquecer
  • Cozinhar para satisfazer, eu e outros
  • Filmes por que me isolam da realidade
  • Fotografar pois me ajudam a lembrar da vida
  • Livros por que ensinam a valorizar o momento