PANELA DE PRESSÃO (ou como querem alguns: vida sentimental)


Enquanto espero as coisas ocorrerem eu analiso alguns fatos. Quase uma meditação ou como querem alguns: meta-meditar. O feijão que preparo, acrescentando o tempero e outros ingredientes são todos frutos da minha escolha ou como querem alguns: livre-arbítrio, assim como decidi pela panela de pressão e não uma caçarola. Quero que o produto final esteja macio, suculento e apetitoso. Para além da intensidade do fogo externo, tudo está somado numa equação quase incalculável de física, química e inspiração. Não está na escolha dos ingredientes a certeza de um prato apreciável. Às vezes, separados são mais saborosos que quando acrescentados à panela. A receita até pode ter uma lista de ingredientes básicos assim como a quantidade de maneira a obter uma “uniformidade”. Porém, é a partir do sabor, cheiro e sensação de cada item, associado à especialidade gustativa de cada pessoa é que a receita funciona.

Talvez essa questão sirva de parâmetro se aplicarmos como abordar um sentimento. Amar tem seus ingredientes, gera tensão, esta sujeita a pressão e quase sempre é imprevisível o resultado final.

De certo modo ter uma válvula de escape de uma tensão é fugir de uma situação sob pressão ou estresse. Assim como o utensílio da cozinha, essa válvula deve ser segura e bem colocada para não termos o risco de pôr tudo que foi preparado a perder e ainda comprometer a integridade física (da “panela”) e o local. Quando se pensa em liberar esse vapor interno ou como querem alguns: liberar a emoção, o que menos preocupa é a segurança ou como querem alguns: a conseqüência. O que importa é levantar “a tampa” e deixar o vapor sair. Até pode ser justificável que foi a natureza de cada ingrediente que causou as pressões internas, influenciadas pelas condições “mais favoráveis” impostas externamente. Entretanto, temos que pensar que sem a tensão externa os sentimentos não ferveriam e nem haveria a formação dos “vapores” que justificassem a liberação.

Não culpe a receita pela formação dos vapores dentro da panela ou como querem alguns: a traição não é conseqüência das emoções do traído e sim desejo de quem trai.

TRaIÇãO

Não adianta se cuidar e nem cuidar dos outros, é quase impossível evitar os efeitos colaterais que esse ato acarreta. Depois que a lama esfria, como é que se tira o resíduo que permanece na pele? Você fica impregnado com o cheiro característico da derrota porque nada justifica esse ato. Esse odor fedorento te isola e te obriga a se esconder do resto do mundo circundante. O cheiro não sai mesmo depois de litros de perfume. Não adianta tomar banho de sal grosso nem dar oferenda num despacho de encruzilhada em cesta negra, nem seguir os ditames de algum escritor de livrinhos de “você me paga que eu te ajudo”. Também não será solução procurar outro corpo suado pensando que isto vai fazer o cheiro sair. Há pessoas que, como diz uma amiga baiana, vão “tomando banho em qualquer água de cheiro que encontra pela frente” com o simples intuito de tirar esse maldito cheiro. Momentaneamente você até pode acreditar que obteve a troca que almejava e que tudo já são águas passadas, mas não é bem assim. O maldito cheiro sempre volta quando surge um desacordo.


Esse problema persiste para alguns, e claro que eu me incluo. Estou-me autodescrevendo por experiência própria. A dificuldade não está no fato de olhar para frente e não ver pelo retrovisor o que se passou. O maior empecilho é achar forças para começar de novo. Essa força, esse alento, esse entusiasmo, esse ânimo ou o sentimento que você precisar para se erguer, não vem com uma outra pessoa, com uma outra cidade ou ganhando um prêmio em dinheiro ou simplesmente dopando a auto-estima (que neste caso é nula). Ocorre que ela virá certamente. Talvez nunca saiba de onde ela virá e como ela se apresentará. Surge quando menos se espera. Quem sabe ela irá envolver-nos assim que o tempo restaurar a harmonia entre o que temos para fazer e o que está por se fazer: naquele preciso instante em que não pensamos em nada.


Receita? Duvido que alguém tenha uma que sirva para a generalidade dos casos. Cada um tenta a sua própria. Enquanto uns fazem algo, os outros fazem o oposto. Uns amam, outros odeiam e ambos acreditam que estão fazendo a coisa certa.


O certo é que aquilo que levou à traição é o mesmo que ainda subjuga no silêncio.

VOTO, O MALÉFICO JURAMENTO

A PIADA

Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais quando olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.
O urso se vira para ele e diz: - Hei, coelhinho, você solta pêlos?
O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:
- De jeito nenhum, venho de uma linhagem muito boa...
Então o urso pegou o coelhinho e limpou a bunda com ele.

MORAL DA HISTÓRIA:
CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSE BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:
- Aí, hein, seu urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado! Te vi ontem, dando o rabo prum coelhinho felpudo. Já contei pra todo mundo!

MORAL DA MORAL:
VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA QUE VOCÊ!

O problema do Brasil é que, quem elege os politicos não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!

VOTO, O MALÉFICO JURAMENTO:

Esse problema (que não é só do Brasil) encontra 'solo fecundo' na OBRIGATORIEDADE DO VOTO. Somos obrigados a votar, mesmo não gostando de politica, não querendo saber de politica e principalmente não se interessando por politica. Por politica entenda politicos que aliás, somente uma ínfima parte não usa o mesmo pouso que as outras moscas.

Onde está a tão propalada democracia: "do povo para o povo para o bem do povo" ou seria "não faça o que faço, mas faça o que decreto"? Vão dizer que não estamos numa ditatura da vergonha, do descaso, de corruptos e principalmente de vivaldinos. Lembram da lei de Gerson (coitado, grande jogador servindo de mau exemplo) "gosto de levar vantagem em tudo, certo"? Vai me dizer que o titulo eleitoral não é um cabresto eleitoreiro? Deixe de votar para sentir as sanções incrimitnatórias por esse ato. Afinal, o voto é um direito (faculdade legal de praticar ou não praticar um ato) ou dever (estar na obrigação de)?

Façamos um plebiscito (que é uma consulta direta ao povo sobre questão de notária importância política) sobre o voto. Sugestão: QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO VOTO: A FAVOR (SIM) OU CONTRA (NÃO)? Veremos que 50% da afluência são de eleitores que desejam votar pela última vez e o restante, continuarão a votar mesmo sem a obrigatoriedade. Eu me incluo nesta metade, por que tenho o DIREITO de escolher.

Estou na situação que é uma utopia pensar que isto irá mudar algum dia, num futuro distante. A Constituição defende os politicos e não só eles: eles não podem gerar prova que os incriminam. Que politico lunático iria propor acabar com a obrigatoriedade do voto que indiretamente os beneficia? Quem daria o primeiro tiro no proprio pé? Imagine o slogan de campanha: FULANO, O LIBERTADOR. VOTEM EM MIM PARA QUE VOCES NÃO PRECISEM MAIS VOTAR.

Parafraseando Lenin (o lider russo, não o cantor) a politica é o opio da humanidade.

POIS É...

O que fazer agora? Seguir em frente apesar de tudo? Pois é, não há volta a dar. Às vezes, há situações de que não podemos fugir desta interjeição afirmativa com sotaque negativo: pois é! Quando não sabemos a resposta, não temos argumento e principalmente não queremos expor o ponto de vista: pois é, o melhor é ficarmos calado.

Talvez essa situação seja característica de quem vê o trem passar ao largo e não se faz por merecer o tempo da espera. Lamenta sobre tudo o que foi derramado. Acha defeito, mas não resolve consertar, arrumar ou trocar. O que está ruim deixa estar: pois é!

Agora é que são elas. Estamos confrontados em ter que expor uma opinião. Lá se vão horas de trabalho e lazer por nada. Sabe-se lá o que há de vir. Estamos numa encruzilhada e temos que optar e o pior é que não sabemos tomar a iniciativa e nem adianta balançar a cabeça ou abrir os braços indagando aos céus por um palpite. Isso requer uma atenção mais que profunda. Toda nossa vontade é entregue ao outro depois do ‘pois é’ reafirmando o que acabaram de nos mostrar.

Pois é, a novela acabou e nem sabemos o que aconteceu com a psicopata. “Neste país o crime sempre compensa”, pois é. O juiz mandou soltar os presos por que tinha lugar no presídio, pois é assim mesmo, os bons ficam presos dentro de casa. Infelizmente não temos voz para discordar. Pois é... O meu represente não é meu porta-voz.

Poderia ficar horas escrevendo e repetindo, pois é, pois é, pois é, sem chegar a lugar algum. Por que? Ora, por que! Pois as coisas são assim e não há como mudar. Somos insipientes...

Pois é...


PERDÃO

Desculpe-me, este é sobre o perdão.


- Sei que você sabe do que se trata, mas sabe aplicá-lo? A chave do sucesso esta em como aplicá-lo e não em como dar ou oferecer.


Como acabar com os ressentimentos que sempre ficam? Perdoar é desculpar. Ressentir é sentir de novo. Analise desta forma: se eu perdôo alguém pelo que me fez, estou pedindo desculpa a essa pessoa. Assim, eu poderei sentir por essa pessoa o mesmo que sentia antes, terei um ressentimento por ela e esqueço o que ela me fez.


-Você aceita “as falhas inevitáveis da vida”?


- Você ainda tem tempo para desculpar quem quer que seja? Negue um perdão se nunca precisou ser perdoado!


Descobri que o pântano da dúvida tem mais força que eu poderia imaginar, pois nunca admiti que havia errado e foi por esta razão que estive tanto tempo sem me dar o beneplácito do perdão. Essa mudança de pensar ocorreu a partir do momento que meus sentimentos foram entendidos como afeto, expressado internamente com satisfação e não mais como o eram manifestados externamente de maneira triste. O primeiro estágio da mudança começou com a aceitação de que é possível reconstruir. Isto exige coragem e absorção para a nova etapa. Talvez uma dose de amnésia não faça mal e até ajude a dar um pouco de peso sobre tudo que foi enterrado. Perdão não é fruto de acordo. Não é aceitando ou descordando das condições que se chega ao veredicto. Não existem pré-determinismos. Sem olhar para os lados, toma-se a iniciativa, aplica-se e está feito.


Porém, nem todas as pessoas chegam a esse nível de entrega e nem sabem que este estágio poderia ser alcançado. Há sempre aqueles que recebem o pedido de perdão com uma faca escondida. Ficam mastigando o rancor, arredios, suspeitando de qualquer atitude. Um sorriso, um abraço ou um beijo pode ser encarado como um insulto ou agressão. Defendem seus pontos de vistas com unhas, dentes e todo o lastro de seu juízo, como se fossem mais importantes que abraçar a felicidade. Mesmo sendo pessoas impermeáveis devo aplicar o perdão, devo desculpá-los e esquecer as magoas. Permito que as coisas fluam naturalmente. Deixo aqueles que tem o certificado de propriedade da razão e que querem ser corretos em paz. Tomo iniciativa demonstrando uma boa vontade para reatar. O perdão é meu e usufruo dele em meu favor. Fico em paz comigo mesmo. Posso não mudar de olhos, mas tenho a certeza que mudei o olhar.


- Surpreenda-se! Desculpe-se!

O QUE LIGA UMA PESSOA A OUTRA.

Ocorreu comigo.

De tanto bater com a cabeça na porta fechada que me impedia de sair, cai "desmaiado". Depois de voltar do limbo, reparei que a sala era bem maior que eu imaginava quando estava de pé. Havia adotado um novo ponto de vista. Havia canto e saliências que não tinha percebido.
Para minha surpresa descobri que as paredes não eram tão resistentes quanto imaginava e que com um pouco de audácia e inteligência ela poderia vir abaixo. Descobri que quem constrói paredes sempre comete um erro. SEMPRE! Sei de inúmeros casos de "prisioneiros" que estouraram paredes e saíram para a gloria, a liberdade ou até mesmo para a "PQP".

Nunca pensamos ou queremos estar nesta situação de "pres(o)diário". Não aceitamos estar em circunstâncias que não nos leva a fazer nada ou nada para fazer. Mas essa condição é SEMPRE passageira, depende do ponto de vista com que você encara a "sua cela". Não interessa se você está por livre escolha ou impingida. "O importante é se fazer para sair". Estranho?

Não espere que os que já saíram, que estão lá fora "vivendo a vida" voltarão para te ajudar a sair da SUA cela. Estude-a. Não arranje desculpas pessimistas e introspectivas para não tentar sair.

Eu errei num único requisito: pensava que ao sair eu voltaria ao local que estava antes de ter entrado. Ledo logro! Tive que encarar o Novo, o Diferente, o Adverso, o Estranho, o Contrário, o Desfavorável, o Desigual, enfim, enfrentar tudo que nem imaginava existir e se existisse eu queria esquecer.

Eu fiz a minha escolha e você onde estás: dentro ou fora? Vai sair ou permanecer?


Aliás, é audácia e inteligência o que nos distingui dos derrotados.

AS MAÇÃS À BEIRA DO CAMINHO


Depois de tudo e como derradeiro ato, obrigo-me a chegar ao alto do meu esforço, desta colina pessoal. Com as mãos sobre o joelho, curvo-me ao cansaço. O peso da mochila me joga de joelho sobre a terra batida de tanto pisar. O bastão, fiel amigo, mais uma vez é o apoio para as dificuldades. Ás vezes eu sinto as horas passar no segundo de cada olhar. O sol do norte é mais quente nas horas mais impróprias. Não há água no cantil, os grãos secos já não são a minha reserva de vitalidade. Cheguei ao fim de mim mesmo. Devo me dar o alento do descanso.
- Só mais um metro eu pensei.

Para além desta subida, desta curva, havia mais uma subida em curva. Aquilo que parecia ser o fim era simplesmente o inicio de mais um esforço.
- Vamos para mais uma, disse ao fiel amigo. Mas o caminho tem sua própria metodologia de nos ensinar.

Ali, no meio daquele pequeno planalto perdido, estava uma macieira, a macieira dos meus sonhos. Como se estivesse saída de um caderno de desenho. Folhagem verde, frutas vermelhas e simetricamente redondas. Sombra depois de 5 horas e vários quilômetros de passos progressivamente lentos.
- É ali que me deito.

Por um lapso de tempo imensurável tudo parou na materialização da ausência de nuvens. Sem vento. Sem barulho. Sem nada de concreto, somente eu e a macieira. Sob o efeito letárgico do cansaço, adormeço. O relaxante ocio só é interrompido pelo som oco da queda de uma maça. Como se colocada fosse ao meu lado, era a maça mais bonita que já tinha visto. Vermelha e com um brilho digno de magia.

Aquilo que havia sentido na subida antes da curva se desvanecera quando da primeira dentada ruidosa na maça. Degustei cada mordida, cada mascar, cada deglutir daquela benfazeja maça. Na minha cabeça analisava os efeitos entorpecentes do líquido açucarado.

Refeito me pus de pé e pronto para partir, olhei para a macieira. Santa Macieira do Caminho. Curvei-me perante aquela dádiva divina e numa singela oração agradeci, simplesmente disse - Obrigado! Por que nada mais poderia dizer.

Não sei onde estava, de quem era o terreno, quem a plantara. Agradeci, pois só poderia agradecer aquela única maça que me foi dada sem pedir. Virei-me, relutando em olhar para trás. Estaria eu a sonhar andando, feito um albatroz que dorme enquanto voa? Mas ela era real. Ainda tenho no bolso a única semente que ela guardava, para me lembrar em agradecer sempre as maças que me dão.

PASSAGEM

Li uma crônica de uma cara amiga sobre a morte do seu pai.

Lembrei da passagem que o Sensei Confúcio usou para representar a vida: quando nascemos, nós choramos e a nossa volta todos estão alegre e sorriem. Devemos passar a vida de maneira que ao morrer, estejamos felizes com o semblante sorridente, enquanto a nossa volta as pessoas chorem pela nossa partida.

Não me senti aflito pela morte do meu pai, por que vi que o mestre estava certo e meu pai tinha realizado o que ele havia predito.

Era certa sua partida, é claro, todos iremos morrer. É inevitável e inegável. Nisto, eu sei, sou bem materialista. O caminho trilhado tem a catarse no precipício de nós mesmos. Não adianta fugir, espernear, que não tem volta. Nenhum sonho de bens materiais vai nos tirar deste objetivo. Nenhuma manipulação favorável do destino irá nos desviar nem evitar atingir essa meta.

Ainda causa estranheza o fato dele ter procurar o próprio precipício. Não que ele tenha ido as via de fato. Foi o descaso com a saúde que o levou. Ele tão regrado e disciplinador com relação a tratamentos, receituário e aplicação de remédio. A idade pode ter sido um fator, mas a displicência para com o tratamento e a soberba com que encarava as suas próprias enfermidades foram determinantes para o final das contas. Quando o retorno já era impossível nada mais tinha que fazer se não se resignar.

Não quis vê-lo enquanto estava na UTI. Não quis guardar a imagem dele deitado na cama, com aparelhos. Preferir conservar a imagem dele em casa, semanas antes de ir para o hospital. No velório, não contemplei meu pai como morto. Tinha a nítida impressão que ele estava dormindo, como sempre fazia na sala, “assistindo televisão”. Depois, o féretro saiu lentamente pelas mãos dos parentes, amigos e conhecidos para o seu descanso. Seu, por que foi escolhido por ele. Perto do lago, junto dos gansos e patos e próximo ao barranco onde poderia pescar, assim que fosse permitido tal façanha. Ele esta lá pescando, eu sei. Vez ou outra visitamo-lo com o intuito de ornar a lapide, orar e “conversar”.

Acredito que tenha se cumprido o ditame do sensei, partiu calmo e feliz.

MEU DESTINO

Meu destino é atencioso, baseado, centralizador, cuidadoso, denso, despreocupado, duro, emergencial, enraizado, forte, gaiato, genial, gigantesco, habitual, implacável, inacusável, inalienável, incorruptível, instrutivo, intempestivo, jogador, legalizado, liberal, matreiro, mediato, natural, nababesco, orgulhoso, paciente, pactuado, pesado, policiador, questionador, remisso, seguro, taciturno, ubíquo, variegado, zombeteiro.

Por mais que eu me esforce, não há maneira de abandoná-lo.

Se ficar parado, ele me empurra. Se avançar, ele me bloqueia. Não me permiti ir antes do tempo, nem esperar. Deve haver um momento certo para agir em consonância com a ordem do destino. Por isto que muitos caem em desespero quando o que está fadado, tarda em vir.

- MEU DESTINO É NECESSÁRIO, MAS EU NÃO SEI LIDAR COM ELE!

CARÍCIA POLÊMICA

Uma criança birrenta, daquelas que chora olhando para os lados para ver se chamou à atenção, quando um dos pais belisca ou mesmo dá "uns paratiquieto", “o mundo” olha para os pais com a censura de que eles não educaram os filhos ou que a criança merecia, mas não precisava tanto.


Será que vão acusar de ditador, sádico ou mesmo carrasco quem puniu ou castigou o seu filho? Até onde vai a educação dos outros? Será que esqueceram que a liberdade dos outros começa quando termina a minha liberdade?


Palpites há muitos e sempre haverá que vai dá-los.


As coisas mudaram e para pior. Hoje criança é um ser intocável. Tem até estatuto. Antes que comece a escrever farpas à minha atitude, aviso que tenho um casal de filhos educados a não julgar os outros e foi sem violência.

Mas, tudo isto se relaciona ao que foi veiculado no jornal está semana (ZH 04/09): a notícia que "Italiano é preso após beijar filha na boca".


Incrível, dois velhos que com certeza não sabem nada da cultura de outros povos denunciam um pai (que nem brasileiro o é) à policia sob a acusação de crime de estupro vulnerável, com reclusão prevista de oito a quinze anos. Bom, imagine se eles vissem russos se cumprimentando e amigos indianos de mãos dadas: tudo homossexual ou, como são velhos, pederastas. Será xenofobia por se tratar de um italiano? O que assusta é que a Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração Contra a Criança acatou a acusação. Agora, as mães que “alugam” as filhas para ficarem nas praias do nordeste essas “movimentam o turismo”!


Estamos rodeados de maníacos sexuais de plantão que vêm sexo em todas as atitudes. Afetuosidades, carinhos, demonstração de apego, devoção, dedicação, nem pensar. Agora quando eu sair com a minha filha vou levar uma certidão de nascimento autenticada. Cumprimento, só aperto de mãos. Não devo oferecer balas ao meu filho, posso ser enquadrado no crime de trafico de estupefacientes. Se minha filha não quiser voltar para casa por que prefere brincar no parque serei enquadrado em seqüestro.


Será que vão editar algum código para os pais se defender dos filhos?

UN TEXTO DE GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

(...)
Si aún no ha pasado el bisturí por tu piel, si no tienes implantes de silicona en alguna parte de tu cuerpo, si los gorditos no te generan trauma, si nunca has sufrido de anorexia, si tu estatura no afecta tu desarrollo personal, si cuando vas a la playa prefieres divertirte en el mar y no estar sobre una toalla durante horas, si crees que la fidelidad sí es posible y la practicas, si sabes cómo se prepara un arroz, si puedes preparar un almuerzo completo, si tu prioridad no es ser rubia a como de lugar, si no te levantas a las 4:00 a. m. para poder alcanzar a hacerte el blower, si puedes salir con saco de sudadera tranquila a la calle un domingo sin una gota de maquillaje en el rostro... ESTÁS EN VÍA DE EXTINCIÓN... BIENVENIDA! EL DULCE SABOR DE UNA MUJER EXQUISITA

Una mujer exquisita no es aquella que más hombres tiene a sus pies, si no aquella que tiene uno solo que la hace realmente feliz. Una mujer hermosa no es la más joven, ni la más flaca, ni la que tiene el cutis más terso o el cabello más llamativo, es aquella que con tan sólo una franca y abierta sonrisa y un buen consejo puede alegrarte la vida.

Una mujer valiosa no es aquella que tiene más títulos, ni más cargos académicos, es aquella que sacrifica su sueño temporalmente por hacer felices a los demás. Una mujer exquisita no es la más ardiente (aunque si me preguntan a mí, todas las mujeres son muy ardientes... Los que estamos fuera de foco somos los hombres) sino la que vibra al hacer el amor solamente con el hombre que ama. Una mujer interesante no es aquella que se siente halagada al ser admirada por su belleza y elegancia, es aquella mujer firme de carácter que puede decir NO.

Y un HOMBRE... UN HOMBRE EXQUISITO es aquel que valora a una mujer así... Que se siente orgulloso de tenerla como compañera... Que sabe tocarla como un músico virtuosísimo toca su amado instrumento... Que lucha a su lado compartiendo todos sus roles, desde lavar platos y atender tripones, hasta devolverle los masajes y cuidados que ella le prodigó antes... La verdad, compañeros hombres, es que las mujeres en eso de ser 'Muy machas' nos llevan gran recorrido... ¡Qué tontos hemos sido -y somos- cuando valoramos el regalo solamente por la vistosidad de su empaque... ¡Tonto y mil veces tonto el hombre que come mierda en la calle, teniendo un exquisitímo manjar en casa.

Gabriel García Márquez

BRASURA

Tudo que fazemos, de uma maneira ou outra vai parar no lixo.
Por descuido (entenda como não dar o devido cuidado), por desleixo (não dado o devido valor) ou por causa da ordem natural das coisas (alias, como tudo na vida sempre chaga-se ao fim.).
Acredito que os sentimentos são tratados da mesma maneira.

Agora começo a escrever como se fosse necessario.

GOSTO DE ...

  • Caminhar com o intuito de esquecer
  • Cozinhar para satisfazer, eu e outros
  • Filmes por que me isolam da realidade
  • Fotografar pois me ajudam a lembrar da vida
  • Livros por que ensinam a valorizar o momento