Talvez essa questão sirva de parâmetro se aplicarmos como abordar um sentimento. Amar tem seus ingredientes, gera tensão, esta sujeita a pressão e quase sempre é imprevisível o resultado final.
De certo modo ter uma válvula de escape de uma tensão é fugir de uma situação sob pressão ou estresse. Assim como o utensílio da cozinha, essa válvula deve ser segura e bem colocada para não termos o risco de pôr tudo que foi preparado a perder e ainda comprometer a integridade física (da “panela”) e o local. Quando se pensa em liberar esse vapor interno ou como querem alguns: liberar a emoção, o que menos preocupa é a segurança ou como querem alguns: a conseqüência. O que importa é levantar “a tampa” e deixar o vapor sair. Até pode ser justificável que foi a natureza de cada ingrediente que causou as pressões internas, influenciadas pelas condições “mais favoráveis” impostas externamente. Entretanto, temos que pensar que sem a tensão externa os sentimentos não ferveriam e nem haveria a formação dos “vapores” que justificassem a liberação.
Não culpe a receita pela formação dos vapores dentro da panela ou como querem alguns: a traição não é conseqüência das emoções do traído e sim desejo de quem trai.