A VOZ DA ALMA



Um lindo texto que a muito eu procurava.

"Todos nós buscamos a felicidade e nessa busca percorremos caminhos que nem sempre nos levam a ela. Muitas vezes nos afastam cada vez mais do ponto onde a felicidade se encontra. Aprendemos a querer coisas que na verdade não queremos. Numa total incoerência com a nossa natureza.

Desde criança somos levados a acreditar que a felicidade será encontrada em coisas fora de nós e nos são dadas ao longo dos tempos muitas possíveis fórmulas prontas e muitos caminhos que apontam para a tão buscada felicidade e acabamos acreditando que fora daqueles padrões e daqueles conceitos não existe a menor chance de ser feliz.

E vamos por aí conquistando Coisas... Cargos... Status... Stress... Menos a felicidade.

Dá um sentimento de vazio quando constatamos que não era bem aquilo que esperávamos. Uma sensação de ter vencido a corrida e não ter levado o prêmio, mas a voz do ego nos chama de muitas formas, cada vez mais atrativas e mais convincentes e de novo embarcamos nessa busca que não tem conexão com a nossa vontade mais profunda e podemos ficar perdidos no meio de tantos chamados do ego.

Tentando chegar aos muitos finais onde existem as promessas que nunca se cumprem e que cada vez mais nos afastam da felicidade ou podemos escolher escutar uma outra voz. Uma voz que nos fala suavemente nos convidando a descobrir nosso próprio caminho. Sem receitas prontas e aonde cada um vai escrevendo a sua própria história. É a voz da Alma.

Para seguir esse chamado da alma é preciso Coragem, Desapego, além de muita Fé. Coragem porque em alguns pontos precisamos     abrir a nossa própria estrada. Passar por onde ninguém passou, buscando nos mergulhos profundos as pistas que indicam a direção do próximo passo. Desapego dos conceitos, das regras e principalmente do ego é preciso desaprender muitas das coisas que aprendemos e deixar espaço para as coisas novas e que fazem sentido para a nossa história. Fé para confiar nos caminhos que a Alma nos indica.sabendo que aqui não existem os limites da nossa mente racional e que os impossíveis podem se tornar possíveis quando menos esperamos.

Quando nos abrimos para seguir a voz da Alma aos poucos vamos descobrindo que a felicidade não se encontra nos prometidos finais, mas em cada passo em que estamos conectados com o nosso propósito Divino. Vamos percebendo que a felicidade é um atributo de cada um de nós que aparece na medida em que vamos nos conhecendo melhor e nos aproximando de quem realmente somos. A felicidade se aproxima da gente na medida em que nos aproximamos de nós mesmos e chega um tempo onde não conseguimos mais fugir do chamado que vem da Alma. Porque essa voz vai se fazendo tão presente e tão natural que entendemos que é a única voz que nos indica o caminho de volta pra casa. Escute a voz da sua alma e siga esses caminhos... Assim você vai perceber que muito além do conhecido existem muita possibilidades: Até a de Ser feliz."



SENTADO À MESA



Deixei de usar os sentimentos. Estou mais para instintos. Minha visão de prazer cambiou do cérebro para o estomago. Não escolho mais olhar para rostos bonitos e formas perfeitas. Preocupo-me em apresentações, disposições que valorizam e instiguem o paladar. Agora quero saciar a efemeridade da fome. Cansei de viver com sentimentos em relacionamentos baseados em interesses. “A FALSIDADE ANDA A SOLTA POR AI E NÃO TEMOS VACINA CONTRA O VIRÚS A-FILA-ANDA”.

Há uma maneira intrínseca de analisar e criar uma correlação entre a comida e os sentimentos amorosos. Quantas pessoas riem e se admiram da quantidade de comida que servem num “prato da nouvelle cousine francesa” e preferem um PF ou um enorme corte de carne gordurenta ou uma travessa de massa ‘ao sugo’ ou carbonara? A sutileza de um sentimento ou mesmo a maneira subliminar de como se vive não são garantia de respeito. Preferem que as demonstrações sejam enormes e de grandes proporções (ou seria porções?). Querem e acreditam que a quantidade (coisas materiais é que empanturram) é melhor que a qualidade (ainda ficam com fome com pouca coisa).

Lembro do que disse um mendigo à porta de casa, ao pedir um prato de comida: “senhor, para fazer merda qualquer coisa serve o que eu não quero é ficar com fome”. Para alguns o importante é ter alguém, estar com alguém, não importando o que aquilo é. Se a “comida” os fartar ou perder o gosto eles trocam para algo mais gorduroso e massudo. O que procuram é não deixar o prato vazio.

Depois disto tudo, há um paralelo entre os microorganismos existentes nas intoxicações alimentares e os desvios de conduta moral. Carnes contaminadas e alimentos infectados por bactérias e vírus causam intoxicações e debilitam o corpo e em alguns casos levam a morte. Atitudes suspeitas, vícios nocivos e hábitos imorais também infectam os sentimentos existentes num relacionamento. Parafraseando a drogada “sempre existe uma justificativa para o vício” ou uma conduta indigna, mas não deixa de ser uma infecção moral e de desrespeito, tanto para com ela como para o os outros. Ocorre que o saneamento de alimentos é fácil com aplicação de novas atitudes de higiene. O mesmo não se pode pensar em fazer quando se trata de questão moral, pois é inerente à personalidade da pessoa.

Uma vez falso, sempre desleal. Quem mente, acredita na mentira. Os que não querem ou precisa de ajuda são os primeiros a gritar o irremediável desamparo.

GOSTO DE ...

  • Caminhar com o intuito de esquecer
  • Cozinhar para satisfazer, eu e outros
  • Filmes por que me isolam da realidade
  • Fotografar pois me ajudam a lembrar da vida
  • Livros por que ensinam a valorizar o momento