POIS É...

O que fazer agora? Seguir em frente apesar de tudo? Pois é, não há volta a dar. Às vezes, há situações de que não podemos fugir desta interjeição afirmativa com sotaque negativo: pois é! Quando não sabemos a resposta, não temos argumento e principalmente não queremos expor o ponto de vista: pois é, o melhor é ficarmos calado.

Talvez essa situação seja característica de quem vê o trem passar ao largo e não se faz por merecer o tempo da espera. Lamenta sobre tudo o que foi derramado. Acha defeito, mas não resolve consertar, arrumar ou trocar. O que está ruim deixa estar: pois é!

Agora é que são elas. Estamos confrontados em ter que expor uma opinião. Lá se vão horas de trabalho e lazer por nada. Sabe-se lá o que há de vir. Estamos numa encruzilhada e temos que optar e o pior é que não sabemos tomar a iniciativa e nem adianta balançar a cabeça ou abrir os braços indagando aos céus por um palpite. Isso requer uma atenção mais que profunda. Toda nossa vontade é entregue ao outro depois do ‘pois é’ reafirmando o que acabaram de nos mostrar.

Pois é, a novela acabou e nem sabemos o que aconteceu com a psicopata. “Neste país o crime sempre compensa”, pois é. O juiz mandou soltar os presos por que tinha lugar no presídio, pois é assim mesmo, os bons ficam presos dentro de casa. Infelizmente não temos voz para discordar. Pois é... O meu represente não é meu porta-voz.

Poderia ficar horas escrevendo e repetindo, pois é, pois é, pois é, sem chegar a lugar algum. Por que? Ora, por que! Pois as coisas são assim e não há como mudar. Somos insipientes...

Pois é...


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